sexta-feira, 22 de março de 2013

MANIPULANDO PESQUISAS MÉDICAS


Corrupção difundida

Um levantamento feito pelo Institute of Professionales, Managers and Specialists (Instituto de Profissionais, Administradores e Especialistas) revelou que a corrupção da ciência pelos interesses comerciais está amplamente difundida. Um terço dos cientistas que trabalham para laboratórios recentemente privatizados admitem que lhes pediram que ajustassem as conclusões de suas pesquisas para satisfazer os patrocinadores. 17% deles disseram que o ajuste havia sido solicitado para se adequar ao resultado desejado pelo patrocinador, 10% para obter novos contratos e 3%, para encorajar a publicação dos resultados. O editor do British Medical Journal, Richard Smith, oferece dois exemplos de pesquisas duvidosas.



A pesquisa da suposta coagulação do sangue pela terceira geração de anticoncepcionais orais não mostrou nenhum risco quando financiada pela indústria farmacêutica, mas um risco evidente quando paga por outras fontes.

A pesquisa não mostra nenhum risco para o fumante passivo quando é financiada pela indústria do tabaco.



O British Medical Journal atualmente insiste que os autores dos artigos relacionados a pesquisas declarem a fonte de financiamento e a existência eventual de interesses concorrentes.



Fonte: Liz Lightfoort. Daily Telegraph, 14 de fevereiro de 2000

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A influência da indústria sobre a ciência

A influência que a indústria exerce sobre a ciência aparece nitidamente neste exemplo: um importante laboratório norte-americano contratou autores fantasmas para escreverem dez artigos elogiando o seu produto para emagrecimento. Esses artigos, que ocultavam riscos importantes, deveriam ser publicados e assinados por médicos conhecidos. Dois dos artigos realmente apareceram em revistas de medicina, os oito restantes não foram mais publicados porque o laboratório teve que retirar o medicamento devido a diversos casos de óbitos. Um representante do laboratório defendeu o procedimento: "Isso é de praxe na indústria, não somos diferentes."



Fonte: Associeted Press, 25 de maio de 1999

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Operadoras de telefonia celular influenciam resultado de estudo

Um estudo realizado durante dois anos, sobre a relação entre telefonia celular e algumas doenças do gado em propriedades nos Estados da Bavária e Hessen (Alemanha), apresentou um resultado assustador. Nas propriedades onde havia interferência da telefonia celular, era maior a quantidade de deformações e os animais apresentavam distúrbios em seu comportamento no pasto, ao alimentar-se e ao deitar. Os resultados do estudo indicaram uma "relação entre a exposição a ondas eletromagnéticas e o comportamento dos animais".



Tão logo os resultados preocupantes deste estudo foram divulgados, houve um grito por parte do Ministério do Meio Ambiente do Estado da Bavária — o estudo ainda não estava definitivamente concluído e, portanto, não havia sido liberado para divulgação. Mais tarde, a versão oficial e definitiva não apresentou qualquer alerta. Possíveis relações foram minimizadas.



Agora também se sabe o motivo: as operadoras das redes de telefonia celular arcaram com 50% dos custos do estudo. Em contrapartida, podiam influenciar na escolha das propriedades e estar presentes durante a elaboração do laudo final. As propriedades deveriam ser escolhidas em proporção igual pelas operadoras, pelo Ministério do Meio Ambiente da Bavária e pelos veterinários. No entanto, sabe-se que aproximadamente 2/3 das propriedades foram escolhidos pelas operadoras e apenas 1/3 foi escolhido pelos veterinários. A influência nos resultados é evidente: as operadoras podem ter escolhido propriedades onde as torres de transmissão próximas foram instaladas há pouco tempo. Os seus efeitos portanto ainda não seriam perceptíveis.



Além disso, a classificação das propriedades quanto à carga eletromagnética recebida não foi feita da maneira apropriada, o que afeta os resultados. No laudo final até consta que as propriedades "certamente poderiam ter sido selecionadas com mais critério".



Na avaliação final, a representação dos resultados foi influenciada. Fotos de deformações e anomalias foram rejeitadas com o argumento de que não se desejava realizar um show de horror. A conclusão mais importante dos cientistas — "Estes resultados mostram que não há motivo para cessar o alerta em relação à interferência de campos eletromagnéticos." — foi simplesmente excluída na versão oficial.



Temos aqui, portanto, um estudo — que custou 800 mil marcos alemães — que, em primeiro lugar, foi malfeito; em segundo lugar, foi influenciado pelas operadoras; em terceiro lugar, exige novas pesquisas e, por fim, inocenta e adultera a gravidade dos riscos. Tão logo algum interesse econômico prevaleça, a defesa do consumidor será posta de lado.



Fonte: Programa Report Mainz,21 de agosto de 2000

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A indústria censura resultados indesejados

Tudo poderia ter sido tão simples: um novo medicamento contra a AIDS, pesquisas que comprovam o seu efeito e um mega-sucesso de vendas. Infelizmente, os pesquisadores atrapalharam este sonho. A pesquisa com o medicamento Remune, da empresa norte-americana Immune Response Corporation, não apresentou os resultados desejados. Isto era indiferente para a indústria farmacêutica, mas não para os pesquisadores.



Contra a vontade da empresa, os pesquisadores publicaram os resultados da pesquisa no Journal of the American Medical Association (nº. 2193/2000). Eles se sentiram moralmente obrigados a ignorar as proibições da empresa norte-americana. "A empresa deu mais importância ao produto do que ao paciente", explica James Kahn, da Universidade da Califórnia em San Francisco. Entretanto, ao invés de se envergonhar de suas tentativas de manipulação, a empresa entrou na justiça e exige dos cientistas reembolso por prejuízos da ordem de 7 a 10 milhões de dólares, como informa a revista Lancet (nº. 356/2000).



Quem acredita que este episódio retrata um caso isolado, engana-se. Há tempos os pesquisadores reclamam da pressão das empresas para que sejam publicados apenas resultados positivos e que experiências fracassadas não cheguem ao conhecimento do público.



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Fonte: Süddeutsche Zeitung, 21 de novembro de 2000


"Refris" são ligados a 180 mil mortes por ano

Folha de São Paulo - 20/03/2013


O consumo de refrigerantes, sucos industrializados e outras bebidas açucaradas pode estar associado a cerca de 180 mil mortes por ano no mundo, de acordo com uma pesquisa apresentada nesta semana no congresso da Associação Americana de Cardiologia.


Os autores da pesquisa usaram dados do estudo "The Global Burden of Disease" (literalmente, "O Peso Global da Doença") de 2010 e relacionaram a ingestão de bebidas açucaradas a 133 mil mortes por diabetes, 44 mil mortes por doenças cardiovasculares e 6.000 mortes por câncer. Cerca de 80% dessas mortes ocorreram em países de rendas média e baixa.

Especialistas afirmam que o consumo dessas bebidas pode gerar resistência à insulina e levar ao diabetes tipo 2, além de aumentar o risco de obesidade.

Os pesquisadores calcularam as quantidades consumidas dessas bebidas por idade e sexo, os efeitos desse consumo na obesidade e no diabetes e o impacto das mortes relacionadas a essas doenças.

A América Latina e o Caribe tiveram o maior número de mortes por diabetes relacionadas ao consumo de bebidas adoçadas em 2010. Entre os 15 países mais populosos, o México teve a maior taxa de mortes por causa da ingestão das bebidas.

À CNN, a Associação Americana de Bebidas disse à que o estudo traz "mais sensacionalismo do que ciência".
A Associação Americana de Cardiologia recomenda que os adultos consumam menos de 450 calorias por semana de bebidas adoçadas. 

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segunda-feira, 11 de março de 2013

Luzes Tóxicas - O Lado Negro das Lâmpadas Economizadoras


A TERRÍVEL REALIDADE DA TROCA DAS LAMPADAS INCANDESCENTE POR LUZ FRIA NO BRASIL.
ESSE FATO É PROVA REAL DA AÇÃO MONSTRUOSA DE NOSSOS GOVERNANTES QUE  ESTÃO POUCO LIGANDO PARA O BEM ESTAR DOS CIDADÃOS. ALIÁS, ANTES DE TUDO UMA QUADRILHA ORGANIZADA PARA TRAZER DESGRAÇAS PARA O POVO. MAFIA AMALDIÇOADA A MANDO DOS ILUMINATES. VEJA NESSE VIDEO OS DANOS QUE LHE PODEM TRAZER PARA VOCE, SUA FAMILIA, E SEUS EMPREGADOS.  ATÉ QUANDO VAMOS ACEITAR ESSAS AÇÕES DE UM MAU GOVERNO? (C.V)
 

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Mercúrio mata em silêncio

Ele é líquido, prateado e se divide em bolinhas. Muita gente já brincou com mercúrio, sem saber os males irreversíveis que ele traz à saúde.
 
Utilizado em lâmpadas, termômetros, pilhas, alguns cosméticos e tintas, o mercúrio desprende vapores invisíveis e sem cheiro que são inalados sem a pessoa perceber. 


O mercúrio instala-se nos órgãos, inclusive no cérebro, sem sintomas aparentes, causando demência, problema nos rins e até a morte.


A indústria química é a que mais utiliza o mineral. Além dos consumidores, ela expõe trabalhadores e o meio ambiente ao mercúrio, que pode ser fatal.


A entrevista dessa edição é com a Dra. Cecília Zavariz, especialista em alterações na saúde pela exposição ao mercúrio. Doutora pela Universidade de São Paulo (USP), médica e auditora fiscal do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego/SRT/SP, ela desenvolve o Programa Nacional de Mercúrio.


Leia e informe-se. Defenda seus direitos e proteja sua saúde!


Unificados: Quais fábricas do ramo químico trabalham com o mercúrio? Em que tipos de empresas os trabalhadores devem estar mais atentos?


Dra. Cecília Zavariz: No Brasil as indústrias do ramo químico que utilizam maior quantidade de mercúrio (toneladas) são as de cloro-álcali, e basicamente fabricam cloro e sódio, hipoclorito de sódio e soda cáustica ou potassa. Existe a tecnologia com membrana, que não é poluente, e deveria ser implantada imediatamente em todas as empresas deste ramo de atividade. Há fabricantes de sais mercuriais, que revendem o produto principalmente para laboratórios. Também é usado na fabricação de lâmpadas, aparelhos de medição, como termômetros e esfigmomanômetros, pilhas alcalinas e tintas especiais de proteção de embarcações. Foi encontrado em cremes clareadores usados na África e que eram fabricados na Inglaterra. É importante ficarmos atentos para a composição dos produtos de beleza que adquirimos. Amalgamado, principalmente com prata tem sido usado em tratamentos de cáries dentárias, mas hoje existem muitos produtos sem mercúrio, que são utilizados e não causam mal à saúde.


Unificados: Quais são os principais efeitos da exposição ocupacional do mercúrio aos trabalhadores?


Dra. Cecília Zavariz: É a intoxicação crônica, devido à inalação dos vapores de mercúrio. Como não tem cheiro e não se enxerga o vapor no ambiente e os sintomas não são súbitos, exceto na intoxicação aguda, os trabalhadores pensam que o elemento não causa mal algum. Porém, o mercúrio vai se depositando nos vários órgãos e no cérebro causando lesões, que vão gerar vários distúrbios para a saúde. O grande problema é a falta de diagnóstico, que só é estabelecido por profissional que tem um conhecimento mais aprofundado do assunto. Os sinais e sintomas são muito variados e dependem das lesões provocadas nos órgãos e sistemas. Alguns dos mais frequentes são dores de cabeça, irritabilidade, insônia, tremores, gosto metálico na boca, sangramento oral, alterações gengivais, gastrite, fraqueza, dificuldade de memória, de atenção, problemas renais. Nos quadros mais graves surge demência, insuficiência renal e até a morte.


Unificados: Quais equipamentos de proteção individual e de proteção coletiva são indicados nessas empresas?


Dra. Cecília Zavariz: O objetivo principal deve ser a eliminação o uso de mercúrio, substituindo-o por outros produtos ou tecnologias mais seguras, visto que não há como eliminar totalmente o risco, mesmo adotando as proteções preconizadas. Enquanto isto não ocorre deve-se providenciar a implantação de sistemas de ventilação geral e exaustão local adequadas. Os equipamentos de Proteção Individual (EPI) (uniformes, luvas, proteção de cabeça, calçados de proteção, máscara, óculos) devem ser adotados como medidas complementares à proteção coletiva e de acordo com a atividade a ser desenvolvida. 


Unificados: Como o meio ambiente é afetado? O que é feito com o dejeto da produção?

Dra. Cecília Zavariz: Como o mercúrio não se degrada no meio ambiente, ele contamina as plantas e os animais, inclusive o homem e se dispersa na natureza.(…) quando contamina os animais, como os peixes, o risco de intoxicação é grande podendo causar lesões neurológicas graves e irreversíveis, até a morte. Os resíduos de mercúrio devem ser submetidos a tratamento de modo a recuperar totalmente o mercúrio, que deve ser acondicionado em recipientes rígidos que não se deformam, nem se decompõem, tampados hermeticamente e armazenados adequadamente. Estes procedimentos na grande maioria das vezes não são realizados.


Unificados: Há produtos substitutos?


Dra. Cecília Zavariz: Praticamente para todas as tecnologias há substitutivos. Para as lâmpadas fluorescentes, ainda não temos disponíveis no mercado substitutivas com consumo de energia baixo. Por isso, formamos um grupo, o GT-Lâmpadas, e elaboramos um documento abrangente sobre o assunto, que está servindo de base para discussão e preparação de resolução no CONAMA, Ministério do Meio Ambiente. Para os termômetros existem os digitais sem mercúrio e que já estão sendo usados na maioria dos países desenvolvidos, assim como, em quase todos os hospitais de São Paulo onde realizamos um trabalho de conscientização, sensibilização e estabelecemos acordo de substituição dos aparelhos com mercúrio. Os esfigmomanômetros de coluna de mercúrio podem ser substituídos por aparelhos mecânicos aneróides. Para as pilhas alcalinas também existe tecnologia sem mercúrio. Em medicamentos, vacinas e cosméticos deveriam ser terminantemente proibidos.

Unificados: A legislação atual brasileira garante punição a empresas que contaminam o ambiente e expõem os trabalhadores? O que é preciso ser feito?


Dra. Cecília Zavariz: O mercúrio é o elemento químico cujos malefícios à saúde é conhecido desde a antiguidade e mesmo assim a legislação praticamente é nula. É preciso que sejam estabelecidas legislações que proíbam, por exemplo, a fabricação de cloro-álcalis com tecnologia de mercúrio e diafragma de amianto; a fabricação, importação, comercialização e uso de aparelhos de medição com mercúrio e de vacinas e medicamentos contendo mercúrio, e assim por diante. O tratamento e destino dos diferentes tipos de resíduos com mercúrio e respectivas punições deveriam ser objeto de lei específica em função das particularidades deste elemento químico.
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quarta-feira, 6 de março de 2013

Relato de um doutorando...




FAÇAMOS A NOSSA PARTE...DIVULGUEM. O BRASIL JÁ NÃO TEM O MESMO TAMANHO DE TERRITÓRIO. O GOVERNO BRASILEIRO HÁ MUITAS DÉCADAS ATRÁS JÁ ENTREGOU O BRASIL  O GRUPO DO G8.
LER O RELATO ABAIXO FEITO PELA DRA. MARA SILVIA ALEXANDRE COSTA NOS ENCHE DE DESÂNIMO AO PERCEBERMOS QUE QUEM DE FATO É QUE MANDA NO BRASIL. TEMOS TUDO POLITICAMENTE ACERTADO COM ESSES GRUPOS FINANCEIROS TERRORISTAS. O BRASIL NUNCA TERÁ UM PIB MAIOR DO QUE 3% AO ANO. NUNCA DEIXARÁ DE SER UMA PEQUENA MERCEARIA DIANTE DO SHOPPING DO PRIMEIRO MUNDO. MAS A VERDADE É CHOCANTE. LEIA O RELATO, DE COMO O TERRITÓRIO BRASILEIRO JÁ NÃO NOS PERTENCE.
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Segue abaixo o relato de uma pessoa conhecida e séria, que passou recentemente em um concurso público federal e foi trabalhar em Roraima. Trata-se de um Brasil que a gente não conhece.

"As duas semanas em Manaus foram interessantes para conhecer um Brasil um pouco diferente, mas chegando em Boa Vista (RR) não pude resistir a fazer um relato das coisas que tenho visto e escutado por aqui.

Conversei com algumas pessoas nesses três dias, desde engenheiros até pessoas com um mínimo de instrução.

Para começar, o mais difícil de encontrar por aqui é roraimense. Pra falar a verdade, acho que a proporção de um roraimense para cada 10 pessoas é bem razoável, tem gaúcho, carioca, cearense, amazonense, piauiense, maranhense e por aí vai. Portanto, falta uma identidade com a terra.

Aqui não existem muitos meios de sobrevivência, ou a pessoa é funcionária pública, (e aqui quase todo mundo é, pois em Boa Vista se concentram todos os órgãos federais e estaduais de Roraima, além da prefeitura, é claro) ou a pessoa trabalha no comércio local ou recebe ajuda de Programas do governo.

Não existe indústria de qualquer tipo. Pouco mais de 70% do território roraimense é demarcado como reserva indígena, portanto restam apenas 30%, descontando-se os rios e as terras improdutivas que são muitas, para se cultivar a terra ou para a localização das próprias cidades.

Na única rodovia que existe em direção ao Brasil (liga Boa Vista à Manaus, cerca de 800 km ) existe um trecho de aproximadamente 200 km de reserva indígena (Waimiri Atroari) por onde você só passa entre 6:00 da manhã e 6:00 da tarde, nas outras 12 horas a rodovia é fechada pelos índios (com autorização da FUNAI e dos americanos) para que os mesmos não sejam incomodados.

Detalhe: você não passa se for brasileiro, mas o acesso é livre aos americanos, europeus e japoneses. Desses 70% de território indígena, diria que em 90% dele ninguém entra sem uma grande burocracia e autorização da FUNAI.

Outro detalhe: americanos entram à hora que quiserem. Se você não tem uma autorização da FUNAI mas tem dos americanos, então você pode entrar. A maioria dos índios fala a língua nativa além do inglês ou francês, mas a maioria não sabe falar português. Dizem que é comum na entrada de algumas reservas encontrarem- se hasteadas bandeiras americanas ou inglesas. É comum se encontrar por aqui americano tipo nerd com cara de quem não quer nada, que veio caçar borboleta e joaninha e catalogá-las, mas no final das contas, pasme, se você quiser montar uma empresa para exportar plantas e frutas típicas como cupuaçú, açaí, camu-camu etc., medicinais ou componentes naturais para fabricação de remédios, pode se preparar para pagar 'royalties' para empresas japonesas e americanas que já patentearam a maioria dos produtos típicos da Amazônia...

Por três vezes repeti a seguinte frase após ouvir tais relatos: Os americanos vão acabar tomando a Amazônia. E em todas elas ouvi a mesma resposta em palavras diferentes. Vou reproduzir a resposta de uma senhora simples que vendia suco e água na rodovia próximo de Mucajaí:
'Irão não, minha filha, tu não sabe, mas tudo aqui já é deles, eles comandam tudo, você não entra em lugar nenhum porque eles não deixam. Quando acabar essa guerra aí eles virão pra cá, e vão fazer o que fizeram no Iraque quando determinaram uma faixa para os curdos onde iraquiano não entra, aqui vai ser a mesma coisa'.

A dona é bem informada, não? O pior é que, segundo a ONU, o conceito de nação é um conceito de soberania e as áreas demarcadas têm o nome de nação indígena. O que pode levar os americanos a alegarem que estarão libertando os povos indígenas. Fiquei sabendo que os americanos já estão construindo uma grande base militar na Colômbia, bem próximo da fronteira com o Brasil, numa parceria com o governo colombiano com o pseudo objetivo de combater o narcotráfico. Por falar em narcotráfico, aqui é rota de distribuição, pois essa mãe chamada Brasil mantém suas fronteiras abertas e aqui tem estrada para as Guianas e Venezuela. Nenhuma bagagem de estrangeiro é fiscalizada, principalmente se for americano, europeu ou japonês, (isso pode causar um incidente diplomático...). Dizem que tem muito colombiano traficante virando venezuelano, pois na Venezuela é muito fácil comprar a cidadania venezuelana por cerca de 200 dólares.

Pergunto inocentemente às pessoas: por que os americanos querem tanto proteger os índios ? A resposta é absolutamente a mesma: porque as terras indígenas, além das riquezas animal e vegetal, da abundância de água, são extremamente ricas em ouro - encontram-se pepitas que chegam a ser pesadas em quilos, diamante, outras pedras preciosas, minério e as reservas norte de Roraima e Amazonas são ricas em PETRÓLEO.

Parece que as pessoas contam essas coisas como que num grito de socorro à alguém que é do sul, como se eu pudesse dizer isso ao presidente ou à alguma autoridade do sul que vá fazer alguma coisa.

É, pessoal... saio daqui com a quase certeza de que em breve o Brasil irá diminuir de tamanho...

Será que podemos fazer alguma coisa???

Acho que sim!!!

Repasse esse e-mail, para que um maior número de brasileiros fique sabendo desses absurdos!!!

Mara Silvia Alexandre Costa
Depto de Biologia Cel. Mol. Bioag.Patog. FMRP - USP


Opinião pessoal:

Gostaria que você, que recebeu este e-mail, o repasse para o maior número possível de pessoas. Do meu ponto de vista, seria interessante que o país inteiro ficasse sabendo desta situação através dos telejornais antes que isso venha a acontecer.
Conto com sua participação, no envio deste e-mail.

Celso Luiz Borges de Oliveira
Doutorando em Água e Solo FEAGRI/UNICAMP

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