sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Crianças podem viver bem sem a televisão




Um novo estudo desenvolvido nos Estados Unidos mostra que cerca de 2% dos americanos não têm uma TV em casa


Para muitos de nós, a televisão é uma parte tão fundamental do nosso cotidiano que é difícil imaginar como seria a vida sem ela. Porém, existe uma pequena parcela da população que escolheu viver sem a televisão e que não sente falta do aparelho.

Um novo estudo desenvolvido nos Estados Unidos mostra que cerca de 2% dos americanos não têm uma TV em casa. Dessas pessoas, dois terços variam entre liberais e extremistas religiosos conservadores, mas pessoas de ambos os grupos apresentaram argumentos muito semelhantes para abandonarem essa prática. De acordo com a pesquisa, os motivos dessa escolha caem em três categorias. Algumas pessoas têm objeções quando a exibição excessiva de violência, consumismo e sexo nas televisões. Outras sentem que o meio em si é muito intrusivo, interferindo em conversas e ocupando um tempo que poderia ser gasto em família. Existem ainda as que discordam dos valores da indústria televisiva e preferem evitar que ela exerça influência em suas casas.

Uma grande preocupação é que a televisão possa influenciar as crianças de forma negativa, tornando-as mais violentas. Apesar de o medo de que a falta da TV fizesse com que os filhos ficassem mais agitados, pais conseguiram lidar com a ausência desse passatempo. Surpreendentemente, sem a televisão as crianças ficaram mais tranquilas e aprenderam a se entreter sozinhas.

“É contra-intuitivo, porque as pessoas pensam que seus filhos iam deixá-las loucas sem a TV. Mas os pais descobriram que as crianças ficaram muito boas em entreterem a si mesmas e pareciam não precisar estar entretidas o tempo todo por algo que era vivaz e ativo. Elas não reclamavam de estar entediadas”, conta Marina Krcmar, pesquisadora do tema.

Nos lares que participaram da pesquisa, as crianças estavam de acordo com a decisão dos pais. Questionários mostraram que por volta dos 12 anos elas se sentiam ressentidas por não poderem participar de conversas sobre a televisão, mas ao chegarem nos 14, 15 anos, elas voltavam a preferir ficar sem o aparelho.

Mas não é necessário banir a televisão para conseguir alguns dos benefícios obtidos por famílias que vivem sem o costume de acompanhar a programação dos aparelhos. “Eu acho que você pode conseguir os benefícios apenas por fazer as crianças assistirem menos televisão. Seja seletivo quanto ao conteúdo. Você não vai a um restaurante e deixa eles comerem qualquer coisa no menu. Ao contrário, você diz ‘escolha alguma coisa que seja saudável e que você gostaria’”, conclui Krcmar.

Fonte: Bibliomed

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