ELIANE TRINDADE
ENVIADA ESPECIAL A TAUBATÉ
ENVIADA ESPECIAL A TAUBATÉ
Terminou por volta das 21h30 quinta-feira o júri de três médicos acusados por homicídio doloso (intencional) em Taubaté (140 km de SP). Eles foram condenados a 17 anos e seis meses de prisão, podendo recorrer em liberdade. O julgamento começou na segunda-feira (17).
O urologista Rui Noronha Sacramento, o nefrologista Pedro Henrique Torrecilhas e o neurocirurgião e legista Mariano Fiore Júnior foram considerados culpados por utilizar diagnósticos falsos de morte encefálica para extrair rins de quatro pessoas em 1986. Eles negam.
O promotor Marcio Augusto Friggi de Carvalho definiu o trabalho do grupo como uma central de remessa de rins para pacientes ricos de São Paulo.
Miguel da Silva, Alex de Lima, Irani Gobo e José Faria Carneiro, vítimas de traumas ou aneurismas cerebrais, tiveram seus rins extirpados em 1986, em Taubaté.
Os réus não responderam por tráfico de órgãos, mas por apressar ou contribuir para a morte dos pacientes. A Promotoria usa laudos do Conselho Regional de Medicina, que, segundo o promotor, concluíram que não há elementos suficientes para atestar que os pacientes estavam com morte encefálica.
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